O técnico Cuca, do Atlético-MG, pediu reflexão sobre a arbitragem no futebol brasileiro e defendeu os profissionais de críticas, após o empate sem gols contra o Corinthians neste sábado (24), na Arena MRV. 4t2o3q "Não sou advogado dos árbitros, nem nada, mas está muito difícil ser árbitro. É uma pressão dentro do campo, fora do campo, nos corredores. Não é aqui, é em todo lugar. Os caras são seres humanos, têm sentimentos e às vezes erram", defendeu Cuca. Questionado sobre lances polêmicos do duelo deste sábado, o treinador itiu que "tiveram vários lances da arbitragem, mas vou falar meu sentimento. Ele poderia ter dado o segundo amarelo para o Lyanco, mas interpretou que não. Talvez porque o rapaz caiu com a mão no rosto, mas foi no peito. Ele poderia ter dado o segundo cartão". O próprio defensor do Galo disse que o lance era para expulsão. "Ele interpretou daquela forma, acho que pela forma que o jogador caiu no chão, ele caiu com a mão no rosto. Eu acho que, se o Héctor não cai no chão, só para o corpo, talvez ele me expulsaria. Acho que ele interpretou da forma que ele caiu no chão. Isso me ajudou um pouco, mas acho que era um lance para cartão, para expulsão. Eu era o último homem, fui dar a bola no Rubens, mas ele ficou na minha frente, tive que tentar cortar, a bola escapuliu um pouco. Acho que poderia ter dado expulsão, estou de acordo, mas acho que ele interpretou da forma que o jogador cai no chão, achou que era algo a mais do que tinha sido, me ajudou, também", afirmou Lyanco. Profissionalização da arbitragem 3of33Para Cuca, é "fácil" entender o motivo da arbitragem ser tão problemática no Brasil, uma vez que os árbitros e assistentes sequer são profissionais. "Não adianta ficar criticando arbitragem, é tão fácil saber o problema que tem. Qual é o problema? A falta de profissionalização. Eles mexem com milhões de investimento e não são profissionais. Se o cara profissionalizar, vai viver daquilo, vai se dedicar mais e errar menos", opinou. "Não adianta crucificar, porque não tem maldade. Eu tomei cartão hoje porque falei para o Júnior Santos entrar na área, e ele achou que eu estava falando com ele, porque já estava todo mundo em cima dele. Basta você ver, não tem santo no futebol, todo mundo reclama e pressiona. A vida dos caras não é fácil. A gente poderia ajudar muito mais", pediu o técnico do Galo. Segundo Cuca, o VAR não resolve esse tipo de coisa, porque boa parte dos problemas que envolvem a arbitragem não são lances ou decisões que devem ser tomadas pela tecnologia, e sim pelos profissionais no campo, que lidam com jogadores e equipes técnicas.
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