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Chat Aberto: Baiano conta como deixou de ser jogador e se tornou um dos principais comentaristas de LoL 105p4j

Baiano é comentarista de League of Legends e streamer Riot Games

Aos 26 anos, Gustavo Gomes, o Baiano, é uma estrela em ascensão nas plataformas de transmissão ao vivo com suas análises e seu humor em alta – e, claro, as apostas. O “Baianalista” ou de uma brincadeira de Twitter e hoje em dia atrai diversos seguidores em seu canal no Twitch. Hoje Baiano é o convidado do Chat Aberto, o podcast de entrevistas do ESPN Esports Brasil e que você pode ouvir no Soundcloud ou no Spotify.

Ex-jogador de League of Legends ou por diversos times como Keyd, Big God Jackals e CNB, lutou contra um tumor no intestino e hoje se dedica em lives e analisa as partidas que são transmitidas nos canais oficiais da Riot Games, como Circuito Desafiante.

Enquanto estava no início de sua carreira, Baiano era um dos es mais promissores do Brasil, entretanto, a inconstância não permitiu que ele se mantivesse no topo por muito tempo. “Por um tempo eu não era um jogador muito constante”, relembra o streamer. “Infelizmente naquela época [em 2016] eu sofri com um tumor e a gente estava em primeiro no CBLoL e eu estava atuando pela Keyd, a gente estava como líder isolado e ganhava de todo mundo, em todos os treinos. Eu estava em meu auge ali, jogando bem demais”.

Baiano relembra que os problemas de saúde não permitiram que ele se dedicasse exclusivamente ao jogo “Sempre no meio da temporada eu tinha que me ausentar, me afastar um tempo porque eu ficava um tempo internado e coisa do tipo. Isso sempre atrapalhou muito a minha carreira em questão de constância e, com certeza tem muitos caras [da mesma época] que eram melhores do que eu. Mas teve alguns momentos de pico ali que eu consegui dar uma representada”.

Apesar dessas dificuldades, Baiano diz que a vontade de competir foi o motor que deu forças para ele seguir competindo. “Eu sempre quis mostrar que eu estava muito bem, que eu estava recuperado, mas não era o caso. O que me motivou a ar pela recuperação e tudo o que eu tinha sofrido foi a vontade de competir”.

A saída do cenário competitivo se deu por conta da falta de equilíbrio entre os tratamentos e o dia a dia de um atleta. “Enquanto jogador não consegui encontrar no cenário um equilíbrio saudável para continuar como jogador. Sempre, todo split era uma luta. Poucas pessoas sabem disso, mas sempre pós-split eu tinha que ar um tempo internado e ava semanas no hospital, sempre estava mal”, relembra.

A sua saída do cenário se deu quando “Eu nunca consegui encontrar um equilíbrio saudável para conseguir jogar e desempenhar bem e não sofrer muito com a saúde. Então foi um momento que tive que repensar minha carreira e foi quando decidi entrar mais para esse lado, como streamer.”

Nessa etapa da sua vida, Baiano diz que chegou no equilíbrio que precisa para se dedicar e manter sua rotina. “Como streamer eu consigo manter meus horários, consigo fazer as coisas acontecerem ao redor de mim, e consigo cuidar um pouco mais da saúde e ter um pouco mais de cuidado e pra mim isso é o que mais está fazendo a diferença”.

“Eu sempre tive essa pegada try hard, sempre tive muita dedicação e determinação e hoje estou em um cenário no qual eu posso me adaptar a mim mesmo, às minhas necessidades”, conta Baiano. “Porque quando você está em um time, você tem que se adaptar às necessidades do time. Nem que aquilo não seja ideal para você, que pode te fazer mal e tal, você tem que seguir, obviamente, a rotina da organização de que você está [trabalhando]”.

“Com a determinação que eu já tinha antes e, agora, podendo equilibrar as coisas, estou conseguindo crescer bastante nisso e estou muito feliz”, conta.

O “BAIANALISTA” 361w1z

Desde o início de 2020, Baiano tem se dedicado a fazer análises das partidas do CBLoL e do Circuito Desafiante em suas transmissões ao vivo. Suas análises e críticas são o ponto forte para seus seguidores. Muitas vezes, Baiano leva para suas lives jogadores profissionais como Tockers, Revolta, Robo entre outros jogadores de destaque no cenário.

Existe uma máxima na comunidade de esports que diz: “Não é farpa se é true”. Ou seja, não é uma provocação se é o que está sendo dito é verdade. E Baiano é um comentarista que fala o que pensa. “Pra mim, se eu chego e falo que o cara jogou mal, não é como se eu estivesse farpando o cara. Não tou farpando ele, pô. O cara jogou mal, é a minha opinião e estou dando minha opinião ali, entendeu?”, comenta.

“Óbvio, nunca desrespeitei ninguém e nunca vou desrespeitar. [Não vou] chegar aqui e dizer ‘esse cara é um lixo’ e chegar aqui e xingar o cara, xingar a mãe dele e coisa do tipo. Isso nunca aconteceu e nunca vai acontecer. Essa visão de ‘não é farpa se é true’ é que quando você está analisando, não está levando para o pessoal, tá falando a verdade, a sua visão ali na real, é que você não tá farpando o cara ou levando para o pessoal, você tá analisando e ando sua visão do cara”. Baiano reforça: “Óbvio, sem desrespeitar as pessoas, não é farpa se for true”.

“Nos outros esportes, no LoL, não tem para onde fugir: a crítica sempre vai existir”. Ele explica que suas críticas são embasadas “Se você terminar um jogo 0/10, se teve os recursos e o time jogou pra você, é aí o momento que eu critico. [...] O cara teve tudo na mão, o draft, o time inteiro panejou [para jogar] pra ele e ele jogou de uma forma horrível, não conseguiu fazer nada de impactante, mesmo com todas as ferramentas na mão”.

Para Baiano, o cenário de League of Legends não está acostumado com críticas “Teve gente dizendo pra mim que talvez eu impacte no desempenho dos jogadores por que eu estou falando que ele está jogando mal. O que eu penso é que talvez eu seja um pouco duro, mas se você não consegue lidar com críticas talvez você não pode jogar, não pode ser uma pessoa pública. Como você quer ser jogador profissional de algum esporte se quando alguém fala que você está jogando mal vai te fazer jogar pior ou vai te deixar pra baixo... isso não é pra você, você não vai conseguir crescer e ter destaque”.

Mas Baiano não se considera injusto “Raramente eu pego no pé que tem um jogo difícil ou algo difícil porque fui jogador e eu sei que isso acontece. O cara vem numa crescente absurda e tem um jogo mal... acontece com todo mundo [...] Geralmente eu pego no pé de um cara que comete erros pífios e com as ferramentas que o time está disponibilizando pra ele e ele não está aproveitando. Aí eu pego um pouco mais no pé realmente”.

PARTICIPE DA DISCUSSÃO 2a5z3u

A conversa completa com Baiano e está no Chat Aberto, um dos programasdo ESPN Esports Brasil que está disponível gratuitamente em qualquer agregador de podcasts e que você pode gratuitamente para receber todos os episódios.

O bate-papo dessa sexta-feira (22) fala ainda sobre outros assuntos, como o Depois do Crime, programa que foi inspirado na mesa redonda da Riot, sobre a toxicidade da comunidade e também dos resultados do CBolão, o campeonato beneficente organizado por Baiano que arrecadou R$ 125 mil para o Médicos Sem Fronteiras. Ouça o programa e comente nas redes sociais o que você achou da conversa com a #CentralEsports.