A Vivo Keyd ganhou a melhor de três contra a Acend nesta sexta (03) e em entrevista pós-jogo com o ESPN Esports Brasil, Jhow falou sobre seu ano, a chegada de Mwzera e o nível brasileiro u1e62
Nesta sexta-feira (03), a Vivo Keyd subiu nos palcos de Berlim para enfrentar a equipe europeia da Acend e na série melhor de três, Murillo “Murizzz” liderou a equipe ao sucesso para agarrar a segunda vitória brasileira no mundial de Valorant por 2 a 1. Em entrevista pós-jogo concedida ao ESPN Esports Brasil, Jonathan “Jhow” comentou sobre sua mudança da Gamelanders para a Vivo Keyd no ano de 2021, jogar novamente ao lado de Mwzera, a importância do bootcamp realizado pela equipe e mais.
Protagonizando um 2020 dominante ao lado da Gamelanders e chegando a um novo ano com as esperanças lá em cima, Jhow e companhia entraram em 2021 sem conseguir repetir o sucesso e em 14 de junho, seus caminhos tomaram rumos diferentes. Largou os tons azuis da organização para vestir o capacete dos guerreiros da Vivo Keyd e, mais uma vez, alcançou o topo.
Deixou para trás os momentos e a fase ruim que ou nos primeiros seis meses do ano e foi vestindo a camisa da organização que nesta sexta colocou mais um sorriso no rosto dos brasileiros. Subiu um degrau de cada vez para novamente aparecer em uma das melhores equipes do Brasil e para o jogador, nenhuma palavra resume melhor sua caminhada neste ano do que: superação.
“Superação”, dispara Jhow quando perguntado sobre como encara seu ano. “Sair de um 2020 muito bom, iniciar um 2021 meio capengando e acabar saindo de um time que tinha meus amigos, você se sente um pouco frustrado, não vou negar. Mas a vida é feita de recomeços, eu sempre soube que sou muito bom e fui buscar coisas novas. Busquei uma nova casa, um novo estilo e estamos nos reinventando”.
Apesar de se despedir de seus amigos que o acompanharam durante anos, Jhow voltou a se encontrar com um companheiro de sua época de Gamelanders. Emprestado para o Valorant Champions, Leonardo “Mwzera” está atuando pela Vivo Keyd no lugar de Lucas “ntk” e para Jhow, a oportunidade de reencontrar seu ex-companheiro está sendo ótima.
“Jogar com o Mw é sempre muito bom, ele é um cara muito versátil e um cara muito humilde. Tudo o que você fala ele escuta da melhor forma para tentar melhorar, é um cara extremamente fora da curva em tudo o que faz, além de ser um cara muito habilidoso”, conta sobre a chegada de seu ex-companheiro.
Não desacredita da nossa região não família, que a gente tá vindo forte.
— Jonathan Glória (@JhowGG1) December 3, 2021
Só o impossível me interessa!
GG 2x1 vs @AcendClub
“Quando fomos procurar um novo jogador, buscamos esses pontos positivos: um cara que escutasse bem, que fosse versátil em qualquer situação. E além do mais ele é o Mw, não tem o que fazer”, completa.
Também representante brasileiro durante o segundo Masters internacional de Valorant em 2021, Jhow vê que a região brasileira evoluiu muito nos últimos meses e que as equipes que estão vestindo o verde e amarelo no primeiro mundial do FPS estão em um bom nível: “Nosso nível tá muito bom, dá pra você ver no jogo da Sentinels contra a FURIA. Se eles tivessem um pouco mais de experiência eles conseguiriam terminar no segundo mapa”.
“A gente vem melhorando desde o Masters da Islândia [primeiro campeonato internacional]. Adquirimos muita experiência, somos uma região muito forte e não vou deixar ninguém falar o contrário disso, estamos vindo para mostrar o que realmente somos”, crava.
Em preparação para o Valorant Champions, além de contar com toda a experiência adquirida pelas equipes que representaram a região nos Masters anteriores, Vivo Keyd, Team Vikings e FURIA optaram por investir em bootcamps para chegar aos palcos de Berlim preparados para dar um verdadeiro show aos espectadores; e foi o que fizeram.
Alcançando até então a melhor participação internacional brasileira, Jhow vê o período de preparação treinando contra os melhores times da Europa como de suma importância para o sucesso do time e também para o entrosamento do quinteto com um novo jogador, além de esperar que investimentos em bootcamp sejam mais recorrentes no próximo ano.
“Foi fundamental, talvez eu diga que sem ele a gente não estaria nesse nível. Treinar contra os melhores times da Europa é absurdo, o tempo de reação e resposta deles é muito rápido - fora a habilidade individual que é completamente absurda. Então os detalhes que você demora um pouco mais para pegar no Brasil aqui você desenvolve mais rápido, ainda mais para o Mwzera que está vindo de uma função que ele não exerce”, conta o sentinela.
E o @Koyfps ficou no HYPE com os meninos também, hein? 🔥🔥 pic.twitter.com/XN1SsZwA3b
— VALORANT Champions Tour Brazil (@valesports_br) December 3, 2021
“Eu espero que mais equipes invistam em bootcamp, talvez com um prazo um pouco maior pra adquirir uma experiência melhor. Eu gostei muito da ideia de treinar com as equipes daqui de fora, então eu torço para que sim”, adiciona.
Apesar de ter sido uma das peças responsáveis por colocar duas organizações diferentes no topo do cenário brasileiro, Jhow sempre foi aquele tipo de jogador que atua por trás enquanto dá o e necessário para que seus companheiros brilhem. Sobre exercer esse papel, o jogador diz que não se importa com os holofotes.
“Essa é a função que eu faço, que é meio que orquestrar o time. Eu faço tudo o que o time precisa, se estiver precisando de um agente específico eu coloco, tanto que não repeti nenhum agente na série de hoje. Eu tô sempre tentando orquestrar da melhor forma, manter o time calmo e unido. Eu creio que essa é minha função e meu diferencial dentro de jogo”, observa.
“O que o pessoal não entende é que não precisa todo mundo matar 40 pra gente ganhar o jogo, talvez é de um cara mais para trás ganhando um clutch, talvez uma explosão maior vindo de outro jogador, que é o básico para que a gente faça as coisas bem feitas. Eu sei que não sou aquele cara como o Heat e o Mwzera que tem um poder explosivo animal, mas o básico eu sempre faço bem feito e não deixo de fazer”, completa.
Com a vitória sobre a europeia Acend, a Vivo Keyd garante sua ida à série dos vencedores do Grupo A e espera a definição da partida entre Team Envy e X10 que acontece ainda nesta sexta (03) para descobrir sua adversária. O próximo jogo dos guerreiros acontece neste sábado (04) e está previsto para começar a partir das 14h (horário de Brasília).