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Justiça nega recurso e mantém bloqueio de valores encontrados nas contas de Willian para ressarcir Mayke no golpe das criptomoedas 6f1u2j

A 25ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou dois recursos do atacante Willian "Bigode" sobre a penhora de suas contas bancárias para ressarcir o prejuízo que o lateral-direito Mayke, seu ex-companheiro no Palmeiras, teve com o golpe das criptomoedas aplicado pela operadora Xland, que foi indicada pela WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, empresa de aconselhamento financeiro de Willian, sua esposa e mais uma sócia.

Em julgamento realizado pelos desembargadores Marcondes D'Angelo, Hugo Crepaldi e Carmen Lúcia da Silva, foi primeiramente negado recurso para retirar a WLJC do polo ivo da ação, o que foi determinado em 1ª instância em junho deste ano, como mostrou a ESPN na ocasião. Com isso, a empresa de "Bigode" seguirá respondendo judicialmente por ter indicado a Xland a Mayke para investimentos em criptomoedas.

De acordo com os desembargadores, fica claro que houve "relação de consumo", uma vez que "os autores contrataram os serviços da gestora de investimentos enquanto consumidores finais de seus serviços profissionais ofertados ao mercado de forma ampla".

Já no 2º julgamento, a 25ª Câmara de Direito Privado também negou recurso de Willian para desbloquear R$ 1.720.897,99 que foram arrestados das contas bancárias do atleta e seus sócios, de forma a saldar o prejuízo de R$ 7.834.232,61 de Mayke no golpe das criptomoedas.

De acordo com relatório, a Justiça voltou a negar que as pedras preciosas da Xland, supostamente avaliadas em US$ 500 milhões (R$ 2,563 bilhões), possam ser usadas para ressarcir o prejuízo, como pedia a defesa do jogador emprestado pelo Fluminense ao Athletico-PR.

"Como já registrado em primeiro grau de jurisdição, ao que tudo indica se trata de garantia inidônea, pois adquirida em momento anterior pela Xland ao custo de apenas R$ 6.000,00, apontando haver vício em sua avaliação ou ilícito quanto à sua aquisição", escreveu o desembargador Marcondes D'Angelo.

A ESPN mostrou a discrepância dos valores de avaliação das alexandritas em reportagem publicada em março deste ano.

Dessa forma, o valor de R$ 1.720.897,99 seguirá bloqueado por determinação judicial.

Agora, Willian "Bigode" e os outros sócios da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial podem entrar com novo recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que é a última instância.

Defesa de Willian se posiciona 6f3a1s

Em contato com a ESPN, a defesa de Willian "Bigode" enviou o seguinte posicionamento sobre o caso.

O comunicado é assinado por Bruno Santana, advogado do atacante.

Respeitamos a decisão do Tribunal, todavia, nos movimentaremos no âmbito recursal, a fim de que haja reapreciação das questões suscitadas através de nova deliberação pela instância superior.

É preciso ressaltar que ainda não se iniciou o prazo para apresentação de defesa, oportunidade em que reiteramos a convicção inabalável de que, com a defesa que será tempestivamente apresentada, restará categoricamente esclarecida e comprovada a ausência de responsabilidade da WLJC, Willian Bigode e suas sócias.