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'Nunca falei com ele': Cavani é direto sobre relação com Bielsa após 'treta' do técnico com uruguaios vazar 3ya4c

Cavani, atacante do Boca Juniors Getty Images

Edinson Cavani, centroavante do Boca Juniors, concedeu entrevista exclusiva à ESPN Argentina nesta sexta-feira (18) e foi mais um a falar a respeito do técnico Marcelo Bielsa. Nos últimos dias, o treinador da seleção uruguaia tem sido alvo de críticas dos próprios atletas da “Celeste” por conta do seu comportamento.

"Nunca falei com ele. Ele deve ter seus motivos. Tento ver as coisas dessa forma. Às vezes você não sabe os motivos de certos comportamentos, às vezes há outros tipos de interesses ou decisões que não são apenas de um treinador”, iniciou o atacante do Boca Juniors.

“Tem muita coisa que acontece no futebol, que é tão difícil naquela parte de bastidores que o jogador não sabe e vai descobrindo com o ar dos anos. Você começa a procurar a resposta e às vezes nunca consegue a resposta. Então você diz: eu quero isso e pronto”, contou.

Cavani está aposentado da seleção uruguaia desde o dia 30 de maio deste ano. 15 dias antes, Bielsa foi anunciado como novo treinador da “Celeste”. Porém, a estreia da equipe sob o comando do argentino só aconteceu no dia 14 de junho, com goleada por 4 a 1 contra a Nicarágua.

À ESPN, o astro explicou por que optou por deixar a seleção uruguaia, mas escolheu seguir a carreira e, inclusive, aceitar uma proposta de renovação de contrato com o Boca Juniors. O novo vínculo entre as partes foi firmado no dia 5 de outubro e tem duração até o final de 2026.

“Dei tanto, tudo o que tinha e muito mais do que podia ter para dar à minha seleção, que no dia em que decidi chegar a um determinado ponto na seleção senti satisfação porque dei tudo”, iniciou.

“Às vezes é preciso saber a hora de tomar uma decisão. É algo importante. Não tenho só a seleção, tenho outra responsabilidade como tive em outro momento, mas em uma idade diferente. É preciso ser realista e consciente das coisas. Tem coisas que ajudam na decisão, mas eu queria me dedicar a isso, a essa experiência, ao Boca”.

“Senti aquela responsabilidade de que não é fácil jogar as eliminatórias, tem que reconhecer isso ao grande jogador que vem de fora, que viaja, que vai para a Bolívia, para a Venezuela, para a Colômbia, que joga, que quer sempre vestir a camisa”.

“Tudo tem um desgaste. Por isso que alguns jogadores de futebol tomam certas decisões, vão para um lugar onde as exigências são um pouco menores. Quero seguir fazendo o máximo, mas quero me dedicar somente a isso (Boca Juniors)”, finalizou o atacante.