No último domingo (25), Samir Xaud fez uma promessa logo após ser eleito novo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol): reduzir as datas dos estaduais.
Em seu discurso inaugural, o dirigente colocou como "compromisso" deixar os torneios com no máximo 11 datas, sem comprometer a "sustentabilidade financeira" dos certames.
"É compromisso dessa gestão implementar imediatamente mudanças significativas no calendário das competições. Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 11 datas, sem comprometimento da qualidade e da sustentabilidade financeira dessas competições", disse Xaud.
A tarefa, porém, será bastante complicada...
Em 2025, o calendário da CBF deixou 16 datas para os estaduais - ou seja, cinco jogos a mais do que o novo mandatário quer. Além disso, três torneios (Paranaense, Goiano e Maranhense) chegaram até a estourar essa quantidade, tendo mais do que 16 partidas.
Segundo levantamento da ESPN, só sete estaduais atualmente não precisariam de redução para alcançar a meta de 11 datas.
Entre os que precisariam se adaptar, aparecem algumas das competições mais importantes do país, como Paulistão, Cariocão, Mineiro e Gaúcho.
Veja abaixo quantos jogos tiveram os torneios em 2025:
Estaduais com mais de 11 datas 39q3l
Maranhense: 18
Goiano: 17
Paranaense: 17
Paulista: 16
Rondoniense: 16
Carioca: 15
Catarinense: 15
Capixaba: 15
Sul-Mato-Grossense: 15
Pernambucano: 14
Mato-Grossense: 14
Baiano: 13
Sergipano: 13
Paraibano: 13
Potiguar: 13
Mineiro: 12
Gaúcho: 12
Paraense: 12
Brasiliense: 12
Piauiense: 12
Estaduais com no máximo 11 datas 62602s
Tocantinense: 11
Amapaense: 11
Alagoano: 11
Cearense: 9
Roraimense: 9
Acreano: 9
Amazonense: 8
Xaud faz outras promessas sobre Estaduais c4572
Além da redução de datas, Samir Xaud fez outras promessas sobre os Estaduais.
O dirigente de Roraima apontou a importância das competições para "movimentar economias locais" e "manter tradições vivas". Por isso, prometeu "valorização" dos certames.
"Que fique claro: essa reorganização do calendário é necessária, mas não significa uma desvalorização dos campeonatos estaduais. Entendemos que são os estaduais que movimentam economias locais, mantêm viva a tradição de futebol nos quatro cantos do país e fortalecem o sentimento de pertencimento entre torcedores e seus times do coração. Eles são, em muitos casos, a única oportunidade de visibilidade para centenas de atletas, técnicos e profissionais do esporte", salientou.
"Nossa ideia é que essa reorganização do calendário seja acompanhada de outras medidas de valorização dos campeonatos estaduais. Valorizar os estaduais é valorizar o futebol como um todo", complementou.