<
>

Contratado pela Juventus, Rogério encantou Buffon e duelou com Cristiano Ronaldo 67cs

Promessa das categorias de base do Internacional, Rogério Oliveira da Silva, 20 anos, deixou o Beira-Rio antes mesmo de estrear entre os profissionais. Após se destacar no Mundial Sub-17 de 2015, realizado no Chile, ele foi contratado pela poderosa Juventus.

Na Itália, ele terminou sua formação nas categorias de base da "Velha Senhora", se profissionalizou e depois foi emprestado no ano ado para o Sassuolo, que joga a primeira divisão do Campeonato Italiano.

"É uma equipe que me recebeu muito bem e que gosto bastante. Não estou com pensamento na Juventus, tenho muito que aprender aqui ainda. E depois se aparecer uma oportunidade de voltar para a Juventus quero estar pronto", disse Rogério, ao ESPN.com,br.

Em seu ano de estreia, ele disputou 14 partidas. Na atual temporada, ele virou titular absoluto e atuou em todos os seis jogos da equipe italiana até aqui.

ESPN - Como você começou no futebol?
Rogério -
Desde criança jogava lá na rua de casa com os amigos. Até que teve uma avaliação do Inter na minha cidade e eu fui aprovado para ir fazer um teste em Porto Alegre. No primeiro momento eu não fui aprovado, mas fui para uma cidade vizinha no RS. Fiquei ali por um tempo. Depois fui para a escolinha do Grêmio em Porto Alegre, mas chegou um momento que não tinha mais condições de continuar ali. Ou voltava para casa ou entrava em uma categoria de base. Consegui mais uma avaliação no Inter e dessa vez eu fui aprovado. Continuei por quatro anos e meio até chegar à Juventus.

ESPN - Como foi nas seleções de base do Brasil?
Rogério -
Fui convocado várias vezes para seleção para Sub-17 e Sub-20 também. Joguei o Mundial e o Sul-Americano, foi bom. Tem sempre muita concorrência e quando você é chamado é um orgulho é uma coisa especial porque não é fácil. Tem muito jogador qualificado e fiquei honrado. Fico feliz pelo percurso que fiz e agora vamos seguir em frente, trabalhando bem para ser chamado mais vezes.

ESPN - Como surgiu a Juventus na sua vida?
Rogério -
Me destaquei no Mundial sub-17 no Chile e logo depois disso começaram os contatos da Juventus e de outros clubes. Eles tentaram a minha liberação e deu certo. Foi uma coisa que ia mudar minha vida não tinha como negar. Ela veio antes de chegar ao profissional no Inter. Talvez saí chateado com isso, mas era uma oportunidade que eu não podia deixar ar. Ia mudar não só a minha vida, mas de toda minha família e eu poderia ajudar todos. Chegou em um momento muito bom aí e tudo deu certo, me adaptei bem aqui e as coisas estão tão correndo bem. Agora, é continuar nessa caminhada aí.

ESPN - Quais as maiores dificuldades em chegar tão novo à Itália?
Rogério -
Eu demorei um pouco para me adaptar. Creio que que era normal para um garoto de 18 anos chegando em um país com uma outra cultura e um outro futebol. As maiores dificuldades foram com a língua porque não conseguia me expressar. Depois, fui aprendendo e as coisas foram melhorando. Dentro de campo, melhorei taticamente e creio que isso aí está sendo muito importante para o meu crescimento agora.

ESPN - Você ficou um ano na base da Juventus. Como foi esse período?
Rogério -
As coisas correram muito bem. Pude encontrar muita gente que me ajudou, treinava rotineiramente com o profissional. Eles me receberam bem e me davam bastante conselhos, principalmente o Fábio Grosso. O Buffon também era um cara que também me elogiava bastante nos treinos quando eu subia. Isso me motivava bastante e aprendi muitas coisas desde que cheguei.

ESPN - Que tipos de conselhos recebeu?
Rogério -
Quando eu cheguei lá o treinador do time B era o Fábio Grosso e como ele jogava na minha posição quando era jogador sempre me aconselhou bastante. Me mostrava em vídeo como me posicionar com corpo como me movimentar nas linhas de marcação. Ele foi uma pessoa muito especial na minha adaptação e sempre me desejou coisas boas e me ajudou.

ESPN - Como foi trabalhar com Buffon? Algo te marcou?
Rogério -
Em um dos meus primeiros treinos quando eu tinha acabado de chegar à Juventus que que a gente fez uma partidinha lá e eu estava treinando muito bem. O Buffon estava no nosso gol o nosso time e ele começou a me elogiar bastante: ‘Boa, Rogério! Esse é o jogador que eu quero, esse é o meu lateral!’ Para mim isso aí foi especial e marcante. Ele é um cara com uma história linda no futebol e ganhou tudo me elogiando dessa maneira. Foi um momento muito marcante para mim. É uma cena que até hoje na minha na minha cabeça. Não vou esquecer jamais todo esse carinho que ele teve por mim.

ESPN - Você teve contato com o Alex Sandro, que é brasileiro e tua posição?
Rogério -
É um cara espetacular. Além de ser um campeão, é um cara muito humilde e trabalhador. Eles diziam que para fazer esse esporte tem que ter sacrifício tem que ter luta. E não é à toa que eles que eles estão lá em cima. A gente tenta pegar o melhor exemplo possível para se Deus quiser fazer a carreira que que eles fizeram e desfrutar o melhor possível deles durante esse convívio.

ESPN - Por que decidiu ir para o Sassuolo? O que te motivou?
Rogério -
Bom eu vim para o Sassuolo depois de fazer um ano na Juventus B. E aí surgiu a oportunidade de me profissionalizar aqui. No começo foi difícil porque não tive muitos minutos, mas eu entendia porque era o titular um cara que tinha uma história no clube e muito respeito. Eu continuei trabalhando com a cabeça no lugar e quando o momento chegou eu pude corresponder bem. Agora, é continuar nessa humildade e o que eu mais quero é crescer aqui é fazer uma boa temporada. Quero continuar nessa evolução porque é o que mais importa agora. Preciso crescer e fazer o máximo de experiência possível e dar prosseguimento na carreira.

ESPN - Qual o momento mais especial até aqui na sua carreira?
Rogério -
Bom creio que o momento mais marcante especial foi quando a gente foi no San Siro com 72 mil pessoas pelo Italiano. Era um jogo importante porque eles buscavam classificação para Champions League e a gente venceu por 2 a 1 na casa deles. Foi um momento muito especial.

ESPN - Como foi jogar contra a Juventus? Vocês perderam por 2 a 0...
Rogério -
Foi especial jogar contra a Juventus. Infelizmente a gente não conseguiu fazer um resultado positivo, mas creio que a equipe fez uma boa partida. A gente saiu com a cabeça erguida sabendo que que demonstramos o nosso futebol e que isso só dá a certeza de que o trabalho está sendo bem feito. Devemos continuar assim porque a gente tem uma boa equipe. Vamos continuar nessa pegada porque o campeonato está apenas começando. O clube tem ambição e tem bastante jovens. Isso é muito importante para a gente e para o futebol italiano.

ESPN - Vocês sofreram os dois primeiros gols do Cristiano Ronaldo no Italiano. Como é enfrentá-lo?
Rogério -
A gente sabe da qualidade que tem o Cristiano e infelizmente em duas falhas nossas ele conseguiu marcar os gols. Mas temos que continuar trabalhando para que em momentos decisivos isso não aconteça mais. Foi um jogo cheio de emoções e não cheguei a trocar a camisa e nem conversar com ele porque depois do jogo estava com a cabeça quente ainda. Eu estava muito cansado, só queria descansar relaxar um pouco e não tive essa oportunidade.

ESPN - Você tem contrato de empréstimo com o Sassuolo até o fim da temporada. Sonha em jogar ainda na Juventus ao lado do CR7?
Rogério -
Antes de vir para o Sassuolo eu renovei meu contato contrato com a Juventus até 2023. Com certeza é um dos meus objetivos, mas por agora penso em fazer o meu trabalho aqui no Sassuolo. É uma equipe que me recebeu muito bem e que gosto bastante. Não estou com pensamento na Juventus, tenho muito que aprender aqui ainda. E depois se aparecer uma oportunidade de voltar para a Juventus quero estar pronto.

ESPN – E a cusparada do Douglas Costa no Di sco? Como repercutiu entre vocês?
Rogério -
Repercutiu bastante aqui. Não sei muito bem o que aconteceu entre os dois na discussão.