Um dos times mais ricos do mundo, o Barcelona tem sofrido nos últimos anos para achar um "xerifão".
Desde a saída de Carles Puyol, jogador sabidamente limitado, mas muito esforçado e com grande espírito de liderança, o clube já contratou nada menos do que sete atletas em busca de um substituto para seu antigo capitão. A última aposta é Jeison Murillo, que estava no Valencia e foi confirmado como reforço nesta quinta-feira.

Antes dele, muitos outros jogadores chegaram para tentar acabar com essa lacuna. Em 2014, ano em que Puyol anunciou sua aposentadoria, o Barcelona, já sabendo como seria difícil substituí-lo, contratou de uma vez só três zagueiros: Jérémy Mathieu, Thomas Vermaelen e Samuel Umtiti.
Juntos, os três custaram 64 milhões de euros e apenas o último deles valeu o investimento. Titular da seleção sa na campanha do título mundial em 2018, Umtiti é notadamente um bom zagueiro, mas sofre constantemente com lesões e, por isso, causa problemas para o técnico Ernesto Valverde encontrar um parceiro para Gerard Piqué.
Quem acaba ganhando oportunidades é Vermaelen, outro que ao longo da carreira se machucou por muitas vezes. Também por isso, o belga nunca conseguiu ganhar uma sequência. Já Mathieu sequer faz parte mais do plantel da equipe. Negociado, ele hoje em dia atua pelo Sporting, de Portugal.
Algum tempo depois, a aposta do Barcelona foi em Marlon. Formado nas categorias de base do Fluminense, o jogador custou 5 milhões de euros e, a princípio, jogaria no time B. Suas boas aparições, porém, o levaram ao time principal, mas o brasileiro nunca "encheu os olhos" do treinador. Esse ano, foi negociado com o Sassuolo, onde vem sendo titular.
Outro nome que surgiu no clube espanhol foi Yerry Mina. O zagueiro que fez sucesso no Palmeiras, fez história a se tornar o primeiro colombiano a defender o Barcelona, mas esse "sonho" durou apenas alguns meses. Meia temporada após sua contratação por 11 milhões de euros, ele já estava de malas prontas para o Everton, mesmo após ter sido um dos grandes personagens da última Copa do Mundo.
Assim como seu antigo companheiro Marlon, Mina vem jogando bastante na Premier League e já foi até mesmo eleito melhor jogador de seu time em alguns jogos.
E se o Barcelona se desfez de dois zagueiros na última janela, apostou pesado na chegada de mais um: Clément Lenglet, que foi muito bem logo em sua primeira temporada pelo Sevilla e custou 37 milhões de euros ao clube catalão. Até agora, ele não tem decepcionado e costuma ir bem nas chances recebidas, mas isso não foi o suficiente para a equipe não ir novamente ao mercado buscar um novo jogador.
O nome da vez é Jeison Murillo, colombiano companheiro de Mina na seleção e que já ou pela Inter de Milão antes de chegar ao Valencia, onde estava há duas temporadas. Sua contratação foi, a princípio, por empréstimo, mas com opção de compra após o período.
Além dele, outro nome que foi cotado no Barcelona neste final de ano foi Rodrigo Caio, do São Paulo. O zagueiro, campeão olímpico em 2016, gostaria de deixar o clube do Morumbi e nesta quinta-feira chegou até mesmo a ar por exames médicos a pedido do time espanhol, mas as negociações acabaram esfriando após a oficialização de Murillo.
Porém, caso o novo zagueiro não vá bem, ou então as lesões prossigam no setor defensivo, é bem possível que o Barcelona volte a apostar no brasileiro, ou então em algum outro atleta da posição.