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Mais defesas, melhor média: a falta que Ederson faz ao Manchester City z2op

Ederson faz falta ao Manchester City. A frase, por si só, é verdadeira. Mas dá para quantificar o quanto a ausência do goleiro pesa no time de Pep Guardiola? Os números explicam.

O brasileiro chegou ao futebol inglês em junho de 2017, contratado do Benfica por 40 milhões de euros, aproximadamente R$ 145 milhões em valores da época. Não demorou muito para ganhar a posição e transformar o chileno Claudio Bravo em seu reserva natural.

Ederson, 26 anos, e Bravo, 36, são os dois principais goleiros do elenco profissional de Guardiola. Além deles, são mais dois jogadores para a posição: o experiente Scott Carson, 34 anos, com agem pelo Liverpool e emprestado pelo Derby County, e o jovem Daniel Grimshaw, 21 anos, nascido em Manchester e criado na base do City.

Comparando os números do titular Ederson e do reserva Bravo na Premier League, fica clara a vantagem para o brasileiro. O paulista de Osasco disputou 85 jogos na competição, com 71% de aproveitamento de defesas e 0,69 gol sofrido por jogo. O chileno tem números bem mais modestos: em 26 partidas, 47% de defesas e média de 1,15 gol.

Até o técnico do Liverpool, Jurgen Klopp, elogiou Ederson durante a última semana, quando o jogador ainda era dúvida para o clássico. “Se ele não jogar fará uma grande diferença, pois o Ederson é uma parte importante do jogo, sem dúvida. Bravo consegue fazer coisas semelhantes, mas exatamente iguais? Ninguém consegue.”

Não mesmo, Klopp. O gol de Fabinho, que abriu o placar para o Liverpool no clássico, e o segundo, marcado por Salah, foram em chutes difíceis, praticamente indefensáveis. Mas o terceiro, de Mané, é discutível: Bravo hesitou na saída do gol e chegou a tocar na bola depois da cabeçada do senegalês, mas não evitou o 3 a 0 logo aos 6 minutos do segundo tempo. Ederson defenderia? Jamais saberemos.

| Gol do Liverpool! Henderson cruza, Bravo sai perdido do gol, e Mané faz o terceiro |

Com uma lesão muscular na coxa, o brasileiro saiu no intervalo no empate com a Atalanta, pela Champions League, na última terça-feira. Claudio Bravo entrou em seu lugar, acabou expulso, e o lateral Kyle Walker viveu a situação inusitada de ser improvisado como goleiro.

Além de ficar fora da derrota por 3 a 1 no clássico contra o Liverpool, neste domingo, a lesão também custou ao jogador seu corte dos amistosos da seleção brasileira, dia 15, contra a Argentina, e dia 19, diante da Coreia do Sul. O City ainda não deu uma previsão de recuperação de seu goleiro titular.