Copa do Mundo do Qatar serviu de vitrine para muitos jogadores se valorizarem no mercado da bola 3k2cq
A Copa do Mundo do Qatar acabou no último domingo (18), com título da Argentina sobre a França após vitória nos pênaltis, no Estádio Lusail, mas as especulações sobre possíveis transferências estão apenas começando, já que a janela de janeiro de 2023 se abre no próximo mês para as principais ligas europeias.
O Mundial do Qatar teve algumas atuações incríveis em campo, principalmente da "sensação" Marrocos, que foi até a semifinal, e jogadores jovens e experientes aceitaram o desafio de se apresentar no maior palco do mundo.
Algumas jovens estrelas de classe mundial já vêm chamando atenção no mercado da bola nos últimos meses, incluindo o meio-campista inglês Jude Bellingham (avaliado em € 150 milhões, R$ 847,5 milhões nas cifras atuais), o atacante português Rafael Leão (€ 100 milhões, R$ 565 milhões), o defensor croata Josko Gvardiol (€ 90 milhões, R$ 508 milhões), e o holandês Cody Gakpo (€ 60 milhões, R$ 339 milhões). Mas quais jogadores, até então pouco conhecidos, aumentaram seu valor de mercado com sua atuação na Copa do Mundo de 2022? A ESPN responde.
Sofyan Amrabat, meio-campo, Marrocos/Fiorentina 1y4865
A excelente impressão que Amrabat deixou no Qatar foi a "cereja do bolo" de um ano de evolução para o meio-campista nascido na Holanda. Depois de algumas campanhas relativamente inexpressivas no futebol italiano, o jogador de 26 anos recuperou seu posto de titular na Fiorentina, e sua influência no time da elite da Itália cresceu praticamente semana a semana desde a virada do ano.
Além de ser um vencedor de bola convincente (com mais de 10 disputadas de bola vencidas por jogo durante a Copa), ele organiza, lidera e esbanja autoridade. Com sua tenacidade, aplicação e atitude de nunca desistir, Amrabat resume perfeitamente o espírito coletivo da grande surpresa desta Copa do Mundo. Embora possa não ter alguma mobilidade sem a bola, ele é capaz de mudar o ritmo com a posse de bola e seus es de profundidade contra a Espanha demonstraram o lado construtivo de seu jogo.
Embora seja tentador colocar o temido rótulo de "estrela da Copa do Mundo" nele - especialmente após o interesse do Liverpool na sua contratação - não é surpresa ver um intérprete tão claro de um camisa 6 (uma espécie em extinção) atraindo pretendentes de alto nível.
Azzedine Ounahi, meio-campo, Marrocos/Angers 2y5m29
Indiscutivelmente o maior "achado" da Copa do Mundo, Ounahi impressionou do início ao fim, exibindo detalhes técnicos brilhantes - fintas, dribles e toques construtivos - com consistência irável. Com uma mistura de es positivos e rápidos e corrida com propósito - quebra de linha e na transição - Ounahi foi uma ameaça constante no meio-campo, mantendo suas funções defensivas (por exemplo, com 8 recuperações de bola contra a Espanha).
Suas atuações pelo Marrocos não apenas o apresentaram como um número 8 moderno e dinâmico, mas também levantam a questão de como um meio-campista tão talentoso pode estar definhando na lanterna da Ligue 1. Como resultado do show que ele deu no Qatar, o meio-campista está sendo especulado na Premier League, com o Leicester City citado como um possível destino.
Gonçalo Ramos, atacante, Portugal/Benfica 3f4q2f
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Como artilheiro do Campeonato Português após uma sensacional primeira metade de temporada com o Benfica, Ramos não era um "estranho" no Qatar. Em meio ao cenário turbulento da seleção portuguesa, o jovem centroavante fez um memorável hat-trick contra a Suíça, nas oitavas de final, quando teve a chance de ser titular na vaga de Cristiano Ronaldo.
Embora ainda haja melhorias a serem encontradas em termos de deixar uma marca consistente no jogo e assertividade nos duelos de ataque, a natureza completa do jogo de Ramos - ele é um bom jogador de ligação, mas com ritmo para correr atrás - o torna uma proposta atraente para os clubes que tendem a ter muita posse de bola e dominar as partidas. O Manchester United perguntou sobre ele, de acordo com fontes da ESPN, no entanto, uma cláusula de rescisão de € 120 milhões (R$ 678 milhões) deixa o Benfica no comando.
Enzo Fernández, meio-campo, Argentina/Benfica 5z3a6r
Amplamente mencionado como uma estrela em ascensão antes da Copa do Mundo (os 12 milhões de euros que o Benfica pagou ao River Plate no verão estão entre as pechinchas do ano), Fernández tem sido nada menos que sensacional para a Argentina. Seu impacto não foi apenas imediato, pois saiu do banco nas duas primeiras partidas, mas também se tornou uma das principais forças motrizes da equipe e conquistou o prêmio de Jogador Jovem do Torneio da Fifa.
Apesar da idade, ele joga com a personalidade e autoridade de um jogador que se sente totalmente em casa no cenário mundial - combinando um alto ritmo defensivo e vontade de enfrentar desafios com uma excelente valorização do espaço e capacidade de criar chances através combinações no terço final. Sempre preparado para pegar a bola - ele registrou mais de 100 toques contra a Austrália e três es decisivos contra a Croácia - e sendo tão construtivo com isso, o argentino está no caminho certo para convencer os principais clubes do futebol europeu que ele está pronta para desafios ainda maiores.
Alexis Mac Allister, meio-campo, Argentina/Brighton 2o382z
A evolução gradual do meio-campista a nível de clube se refletiu ao longo de algumas semanas no Qatar a nível internacional. De um estranho para uma vaga de titular com Lionel Scaloni no início do torneio - ele havia sido convocado apenas 8 vezes antes da Copa do Mundo - Mac Allister se transformou em uma presença altamente valiosa cujas atuações enérgicas e obedientes se adequam à esta seleção argentina com perfeição. Como ele mostrou na final.
Alternando entre uma posição esquerda ampla ou um meio-campista de ataque central (dependendo da formação) - em oposição a um papel de camisa 8 bastante estabelecido e ligeiramente retraído em Brighton - Mac Allister combinou um trabalho de pés rápido e elegante com um trabalho defensivo diligente e pressão, bem como movimento inteligente fora da bola. Não menos do que o esperado do bem istrado Brighton, o time da Premier League renovou o contrato do meio-campista tecnicamente talentoso (uma contratação de € 8 milhões, R$ 45,2 milhões, do Argentinos Juniors há quatro anos) pouco antes do Mundial - assim como ele está inevitavelmente prestes a entrar na lista de desejos de clubes ainda maiores.
Adrien Rabiot, meio-campo, França/Juventus s55x
Considerando a falta de entusiasmo com que sua possível transferência para o Manchester United em agosto foi recebida e seu complicado relacionamento ado com os Bleus, a Copa do Mundo provou ser um verdadeiro caminho para a redenção de Rabiot. Apesar de ter perdido a semifinal contra o Marrocos devido ao fato de estar doente, ele garantiu uma presença estável e confiável no time da França na ausência de N'Golo Kanté e Paul Pogba e voltou a tempo para a final contra a Argentina.
Calmo na posse de bola, taticamente disciplinado, aéreo dominante e excelente na leitura do jogo, com indústria e ritmo de trabalho a condizer, é difícil apontar deficiências no jogo de um jogador talentoso que finalmente amadureceu e se tornou um meio-campista elegante. Com o contrato do ex-jogador do Manchester City (nas categorias de base) e do Paris Saint-Germain expirando no final da temporada, Rabiot cronometrou seu ressurgimento com perfeição. Já é um dos maiores salários da Juventus, uma permanência prolongada em Turim parece cada vez mais improvável.
Ritsu Doan, meia-atacante, Japão/Freiburg 4u6w6z
Contratado junto ao PSV Eindhoven por um valor relativamente modesto de € 8,5 milhões (R$ 48 milhões) no meio do ano, o diminuto, mas astuto e dinâmico ponta, sem dúvida, viu um aumento no valor das transferências após suas excelentes aparições na Copa do Mundo. Embora ele ainda tenha dificuldades para justificar o rótulo de "Messi japonês", compartilha a vontade do maestro japonês de ganhar terreno por meio de um trabalho de pés rápido e um potente pé esquerdo.
Seus dois gols nas vitórias memoráveis contra duas das superpotências tradicionais do futebol europeu - com sua vitória contra a Espanha vindo por meio de sua "jogada de " de corte da direita para finalizar com o pé esquerdo - vão inevitavelmente deram ao seu perfil mundial um impulso merecido.
Dominik Livakovic, goleiro, Croácia/Dinamo Zagreb 353v
Embora relativamente desconhecido para muitos antes do torneio, o goleiro croata tem sido frequentemente vinculado a clubes europeus de elite nos últimos anos, graças às atuações constantes de seu clube na Champions League. Se não fosse por alguns momentos fatais contra a Argentina na semifinal - sua jogada fora de hora que levou a uma falta sobre Julián Álvarez que resultou no gol de abertura, e ele também desempenhou um papel no segundo gol - Livakovic teve um torneio quase impecável.
No entanto, suas defesas de pênalti contra o Japão e Brasil - um show variado de defesas de qualidade - resistirão ao teste do tempo como um desempenho memorável de goleiro na Copa do Mundo. Próximo de completar 28 anos, ele pode estar bem além da idade para uma transferência astronômica, mas o conjunto da obra de suas habilidades - reflexos, tamanho para dominar a área e capacidade de jogar na defesa - ele deve estar jogando em breve em um clube fora da Croácia.