Investigado por supostas agressões à sua ex-namorada, Pedrinho está afastado dos jogos do São Paulo, apesar de ainda estar treinando por questões trabalhistas e legais. Conforme anunciado pelo próprio atleta na última sexta-feira, ele ficará ausente "para priorizar e colaborar, de forma exclusiva, com o trabalho das autoridades para esclarecer, o mais rápido possível, todas as acusações."
Em entrevista exclusiva à ESPN, o presidente do clube, Julio Casares, explicou de que forma o clube está agindo com o delicado caso.
"O São Paulo nem chegou a ser notificado. Ficamos sabendo pela imprensa desse episódio. O São Paulo repudia qualquer ato de violência doméstica, preconceito, posturas não-inclusivas. E no caso do Pedrinho, nós temos a preocupação de nunca prejulgar ninguém. Nesse momento, nós aguardamos que ele fosse ouvido naquela semana e as autoridades policiais não ouviram, deixaram para um outro momento. Como era sexta-feira e a gente iria viajar para Ribeirão Preto, achamos por bem sentar com o staff dele e, em comum acordo, ele está afastado e ficará assim até as autoridades discutirem e nós entendermos melhor essa situação. É uma situação lamentável, triste e o São Paulo não é conivente, não comunga com qualquer tipo de violência. Portanto, ao mesmo tempo que tem firmeza na posição, tem respeito com o profissional até que as coisas sejam esclarecidas."
Citando o atleta como "um bom profissional e que parece um bom moço", o dirigente deixou claro que, caso seja declarado culpado das acusações, Pedrinho não deve voltar a atuar com a camisa do São Paulo.
"Toda essa situação está sendo estudada pelo nosso departamento jurídico. O São Paulo é maior do que qualquer um, maior que o presidente, maior que um ídolo. É uma instituição muito séria. E hoje como o clube mais popular do Brasil, ele tem que estar comprometido com a inclusão social e com o respeito à dignidade humana."
Entenda o caso 24o19
Segundo o boletim de ocorrência, Amanda alega que Pedrinho arremessou um aparelho celular em sua coxa direita, além de rasgar sua blusa e jogar fora maquiagens e bolsa durante uma discussão.
O relato oferece ainda detalhes mais graves, desde xingamentos, tapas e socos no rosto e costas e puxões de cabelo de Amanda.
A ex-namorada do jogador do São Paulo ainda diz que certa vez se recusou a ter relações sexuais com ele e, novamente, foi agredida com tapas e socos.
O processo conta com fotos de Amanda machucada. Ao saber dos acontecimentos, o São Paulo divulgou uma nota oficial em que diz que "não aceita qualquer tipo de agressão contra a mulher".
O caso é investigado agora pela Delegacia da Mulher, que deve ouvir primeiro Amanda Nunes, a vítima, e depois pegar o depoimento de Pedrinho. Até lá, o jogador deixará de treinar com o time do Morumbi, que joga no próximo domingo (5), contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.
Próximos jogos do São Paulo: 37e1n
São Paulo x Água Santa - 13/02 - 20h