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Amor verdadeiro: como Reus virou uma lenda do futebol no Borussia Dortmund 4i4w4g

Echte Liebe. Ou amor verdadeiro.

O lema do Borussia Dortmund tem em Marco Reus a sua melhor personificação.

Um amor que nasceu na infância, pelo time do coração e onde iniciou a vida como jogador de futebol ando por uma década na base, antes de virar profissional com outras cores.

A saída foi um até logo de sete anos. O menino que havia deixado sua cidade natal em 2005 voltou em 2012 como jogador da seleção alemã e eleito o melhor da Bundesliga, competição que o Borussia Dortmund detinha o bicampeonato.

O que parecia um roteiro perfeito, no entanto, trouxe enorme desilusão. Uma hegemonia do Bayern de Munique jamais vista veio acompanhada de uma sucessão de lesões que, somadas, tiraram Reus de mais de 3 temporadas dos gramados, inclusive de um título mundial com a Alemanha.

E se ele não tivesse machucado tanto, se tivesse ido ao Bayern, se tivesse ido a outro gigante fora da Alemanha... O seu tamanho no futebol, para muitos, vai ficar sempre na condicional. Porém, é na incondicionalidade do amor por seu clube e seu povo que ele se fez gigante na história do futebol.

Da mesma forma que é injusto sempre pensar em Reus no que poderia ter sido e não no que foi. E ele foi ligado ao Borussia Dortmund por 22 anos, virou o maior artilheiro em jogos oficiais do clube, conquistou duas Copas da Alemanha e foi a duas finais de Champions League. É claro que faltaram taças que pudessem condizer com o fato de Marco Reus ter sido um dos maiores jogadores da história de um time campeão europeu, mundial e centenário.

Mas em um clube que cultua o amor verdadeiro, que jamais deixou de colocar 80 mil torcedores em um estádio de uma cidade com pouco mais de 600 mil habitantes, nem mesmo quando flertou com a falência ou quando perdeu um dos títulos mais ganhos na história, a questão transcende o futebol.

Ou melhor, tem tudo a ver com o futebol. Afinal, ele é – ou deveria ser – prioritariamente sobre as pessoas. E Reus não deixou margem para condicionalidade neste aspecto, inclusive pagando a cerveja da saideira a todos que foram ao estádio ver seu último jogo em casa.

Não há título maior no futebol que a sensação de pertencimento. E Marco Reus pertence ao amor verdadeiro que pulsa em cada coração aurinegro.